A Secretaria Municipal de Educação (Semed) apresentou à Câmara de Vereadores, em audiência pública remota, na manhã desta quarta-feira (15), as medidas que estão sendo adotadas para a retomada das aulas na rede municipal de ensino da capital. De acordo com decreto estadual, as atividades presenciais estão liberadas a partir do dia 3 de agosto, nas redes pública e privada, mas as aulas na rede municipal só serão reiniciadas em setembro. As atividades escolares foram suspensas em março em decorrência do novo coronavírus (Covid-19).
Na ocasião, o secretário de Educação, Moacir Feitosa, apresentou o cronograma referente ao reinício das atividades, assim como as medidas sanitárias planejadas pela gestão do prefeito Edivaldo Holanda Junior. “Nosso principal objetivo é resguardar a saúde dos estudantes, docentes e demais integrantes do corpo técnico das unidades de ensino. Após iniciar o calendário na data adequada, 27 de fevereiro, com distribuição correta do material escolar, alimentação e orçamento estabilizado, que é um compromisso do prefeito Edivaldo para uma transição tranquila, fomos obrigados a suspender as aulas no dia 19 de março devido ao avanço do coronavírus. Desde então, mergulhamos na parte administrativa da secretaria, para que tudo funcionasse corretamente”, afirmou.
O secretário da Semed anunciou que está sendo providenciado álcool em gel e líquido, em quantidade significativa, para ser colocado na entrada das escolas e nas salas de aula. A secretaria também irá entregar aos alunos, no retorno às aulas, máscaras. Feitosa afirmou que algumas escolas já estão prontas, e no fim de agosto outras devem estar aptas para receber os alunos.
Moacir Feitosa elencou ainda os principais pontos elaborados para garantir total segurança a alunos e demais profissionais envolvidos. “Estamos em fase final de elaboração das diretrizes do protocolo de retorno. Queremos proporcionar uma volta às aulas com segurança máxima e tentar mitigar da melhor forma possível os prejuízos causados pela pandemia. Vamos tentar recuperar o calendário seguindo as diretrizes nacionais, ligando o ano de 2020 a 2021, como será feito em todo o Brasil”, pontuou.
As diretrizes de volta às aulas devem ser apresentadas ainda de acordo com o secretário, ao Ministério Público, ao Conselho Municipal de Educação e ao sindicato da categoria. Ele informou também que o documento será publicado no Portal da Transparência da Prefeitura para receber manifestações da comunidade escolar.
Autor da proposta, que foi transmitida pelo Youtube, o vereador Raimundo Penha ressaltou que se trata de um momento complexo, mas colocou a estrutura da Câmara à disposição para auxiliar a Prefeitura de São Luís neste processo de retomada das aulas.
RETORNO
De acordo com Feitosa, o retorno à sala de aula será gradual, evitando, assim, aglomerações nas dependências das escolas. “Não podemos abrir as portas para 87 mil alunos de uma vez. Isso não pode acontecer. A ideia é iniciar com alunos maiores, do 8º e 9º ano, e depois do 5º ano fundamental. Ainda iremos definir a porcentagem dos estudantes que retornarão nesse primeiro momento”, disse.
O secretário admitiu que os dias letivos não serão suficientes, mas está sendo feito um levantamento das habilidades essenciais para dar continuidade aos estudos e os alunos não deixem de aprender o conteúdo, em acompanhamento constante da pedagogia. “O importante é que os trabalhos estão bem avançados, e cada professor fará o diagnóstico da situação individual do aluno, a partir do momento que parou e estabelecer uma rotina de acompanhamento. Iremos trabalhar com a proposta hibrida, que é o estudo presencial complementado com atividades remotas. Já temos alguns programas oficiais, e no mês de agosto iremos passar isso aos professores”.
A Semed está firmando parcerias para a realização de teleaulas, estratégia que, a partir de pesquisa feita pela secretaria, mostrou-se mais eficiente para contemplar todos os estudantes.
FONTE – AGÊNCIA SÃO LUÍS