A co-vereadora Flávia Almeida e a vereadora Silvana Noely repudiaram qualquer tipo de enaltecimento ao nazismo / Leonardo Mendonça
O Coletivo Nós (PT) e a vereadora Silvana Noely (PTB) repudiaram a fala polêmica de Bruno Aiub, também conhecido como Monark. O fato revoltou o país nos últimos dias, após o youtuber brasileiro se manifestar a favor da criação de um partido nazista no país.
A co-vereadora Flávia Almeida, do Coletivo Nós, defende que a liberdade individual de cada cidadão não pode ferir a liberdade do outro. Para ela, o caso Monark vai de encontro a esse princípio e fere não apenas a existência de um grupo.
“O trabalho do Monark vem, ainda, de um histórico homofóbico e racista. O que a sociedade precisa questionar é a estrutura que está por trás desse fato e perceber que o erro reside ai também”, declarou.
A parlamentar manifestou o repúdio do Coletivo Nós ao ocorrido e reiterou sua luta pelos direitos humanos. “Essa é sem dúvida uma das nossas principais bandeiras: defender e promover a vida. Defendemos a liberdade de expressão, não de opressão!”, concluiu.
Silvana Noely, presidente da Comissão de Assistência Social, Direitos Humanos, Mulher, Criança e Adolescente, Juventude e Idoso (CDH), usou suas redes sociais para manifestar repúdio a qualquer tipo de apologia ao nazismo.
Entenda o episódio
Durante o episódio do Flow Podcast, dessa segunda-feira, 7, que recebeu os deputados federais Tabata Amaral (PSB-SP) e Kim Kataguiri (Podemos-SP), Monark declarou durante a entrevista que achava que deveria haver um partido nazista reconhecido pela lei no Brasil. Ainda nesse mesmo episódio do programa, Kim Kataguiri afirmou ser a favor da descriminalização do nazismo.
Após a fala que para muitos foi considerada como apologia ao nazismo, o apresentador chegou a publicar um vídeo pedindo desculpas à comunidade judaica, alegando embriaguez no ato, no entanto, a fala polêmica já havia tingido a marca de 1,7 milhões de visualizações.
Cabe ressaltar que, só no Youtube, o Flow Podcast possui uma audiência de 3,6 milhões de seguidores, sem mencionar outras plataformas. A repercussão do caso até o momento, levou à demissão do envolvido e motivou uma investigação da
Procuradoria Geral da República.
Nessa quarta-feira, 9, o jornalista e apresentador da Jovem Pan, Adrilles Jorge, foi demitido da emissora após fazer uma saudação ‘siegheil’, típica do nazismo, após o término de um programa.
FONTE – CÂMARA DE SÃO LUÍS