O programa ‘Café com Notícias’ desta quarta-feira (31) conversou com a diretora da Casa da Mulher Brasileira, Susan Lucena, que detalhou o protocolo “Não é Não” de combate à violência contra a mulher.
De acordo com Susan Lucena, durante o Carnaval, as ações serão intensificadas por meio da campanha “Não é não. Mulher sabe o que ela quer”. A iniciativa é promovida pela Casa da Mulher Brasileira, em parceria com a Secretaria de Estado da Mulher e demais órgão de atendimento a mulheres em situação de violência.
Susan Lucena disse que campanhas como essa ainda são extremamente necessárias, mesmo com todo o trabalho de conscientização que é feito ao longo do ano. Ela destacou que as mulheres também estão cada vez mais conscientes dos seus direitos, dos direitos sobre o seu corpo, buscando os canais de denúncia.
“Se formos pegar a realidade de 20 anos atrás, teríamos as mulheres sempre se protegendo para nenhum homem forçar um beijo, porque eram comuns os beijos forçados durante o Carnaval e motivo de “orgulho” para os homens, mas isso, hoje, é crime com pena de 1 a 5 anos”, informou.
Segundo Susan Lucena, de acordo com o protocolo “Não é Não”, bares e outros estabelecimentos precisam se adequar às regras em um prazo de 180 dias, inclusive prestando acolhimento e dando suporte àquela mulher que passar por uma situação de assédio dentro de suas dependências. Em caso de não cumprimento das medidas, o estabelecimento está sujeito a punições.
“Infelizmente, os estabelecimentos ainda não têm tido esse comportamento de acolhimento, mas acreditamos que com essa Lei passaremos a ter mais esse acolhimento, devido à obrigatoriedade. E, apesar do prazo de 6 meses para se adequarem, a partir de agora já devem dar total assistência a essas mulheres, inclusive disponibilizando uma pessoa capacitada com as orientações para saber como proceder nesses casos”, reforçou.
As ações de conscientização já estão acontecendo durante o pré-Carnaval e seguirão durante todo o período carnavalesco, com o apoio da polícia em todo o circuito e com os canais de proteção às mulheres funcionando todos os dias.
FONTE: ALEMA