São Luís: Hospital da Mulher retoma demandas de cirurgias eletivas

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São Luís: Hospital da Mulher retoma demandas de cirurgias eletivas

A Prefeitura de São Luís, por meio da Secretaria Municipal de Saúde (Semus) está retomando o atendimento de outras demandas de saúde no Hospital da Mulher que estava destinado, por determinação do prefeito Edivaldo Holanda Junior, desde abril, exclusivamente a pacientes com Covid-19, sendo a referência municipal para a doença. Agora, a unidade de saúde passará por processo de desinfecção e readaptação física para a retomada da rotina de atendimentos para pacientes com cirurgias já agendas e que foram suspensas em razão da pandemia. Serão retomadas, inicialmente as cirurgias de vesícula, genecológicas e neurológicas. 

Neste primeiro momento, a prioridade são aqueles pacientes que já estão aguardando a realização do procedimento. Os pacientes cujos procedimentos estavam anteriormente marcados e que tiveram que ser suspensos devido à mudança na rotina da unidade, receberão contatos por telefone para se dirigirem ao local para nova avaliação. Novos procedimentos serão reagendados para a unidade em breve.

A secretária adjunta de Saúde, Isabel Macêdo, explica que a retomada se dá atendendo a todos os protocolos de segurança da Covid-19. Isabel Macêdo destacou que o Hospital da Mulher tem um perfil amplo de atendimento não somente para mulheres, mas para todo o público. Ela informou que neste momento, uma das prioridades será para a realização de cirurgias neurológicas que estão sendo realizadas no Hospital Socorrão I. “Isso cruza um fluxo de pacientes muito grande. Então, o intuito é a gente retomar essas cirurgias para a capacidade de atendimento e resolutividade que o hospital tem disponível”, disse.

Com o redirecionamento das ações, o Hospital da Mulher contará com o mesmo suporte físico disponibilizado à população antes de se tornar referência para a Covid-19. A unidade terá 32 leitos cirúrgicos ginecológicos, além de 11 leitos de neurocirurgia e 10 leitos de UTI. No início da gestão do prefeito Edivaldo, o Hospital da Mulher funcionava apenas como ambulatório.

Com o trabalho de reestruturação realizado pela Prefeitura na unidade de saúde, desde 2016 o hospital passou a ser considerado, pelo Ministério da Saúde (MS), como referência de assistência em alta complexidade na especialidade médica de neurocirurgia, tendo sido uma das cinco entidades de saúde do país agraciadas com o Prêmio Dr. Pinotti – Hospital Amigo da Mulher, por reconhecimento ao trabalho prestado no sentido de promover saúde de qualidade à população, sobretudo às mulheres.

A unidade de saúde também passou por reformas estruturais, além da qualificação dos serviços voltados para a saúde da mulher. O hospital teve ampliado serviços de diagnóstico por imagem, como tomografia computadorizada, raio x e ultrassom. Eletroneuromiografia, biópsias, punção de mama e de tireoide, retirada de nódulos benignos também estão na lista de serviços oferecidos às pacientes da unidade.

MUDANÇA DE FLUXO   

Para simbolizar a mudança no fluxo de atendimento foi realizada um ato nesta quarta-feira (12) com a presença de parte dos funcionários da unidade que estiveram atuando na unidade durante a assistência a pessoas com a Covid-19 e gestores da Semus. A secretária-adjunta da Semus, Isabel Macêdo, representou a pasta. 

Além de agradecer pelo empenho durante o período de tratamento de pessoas infectadas, a gestora também lembrou da importância que a estrutura municipal teve nos períodos de maior pico da doença. “Sabemos que a doença ainda, infelizmente, não está controlada. Porém, diante da diminuição gradual da demanda na unidade, optamos por desativar o serviço, mantendo nossas unidades de monitoramento de pessoas com sintomas gripais e oferecendo, nos próximos dias, os serviços de apoio à saúde feminina”, disse Isabel Macêdo.

No total, de acordo com dados da diretoria do hospital, 154 pessoas receberam alta e foram curadas durante o período em que esteve voltado ao tratamento da Covid-19. No mesmo período, foram registrados 76 óbitos.

PANDEMIA 

Durante o período de tratamento de pacientes diagnosticados com a Covid-19, dentre os diversos colaboradores, esteve a técnica de enfermagem Andressa Souza. Lotada no próprio HM (onde permanecerá como funcionária após a retomada dos procedimentos), ela conta sobre a experiência de trabalhar neste período no local. “Foi um aprendizado, sem dúvida. Para nós, uma experiência enriquecedora. Saber que salvamos vidas e que, por nossas mãos, muita gente está saudável agora nos dá uma satisfação muito grande”, afirmou.

Este é o mesmo pensamento da assistente social Elizângela Vasconcelos. Também lotada no HM durante a assistência à Covid, ela levará consigo boas histórias. “Além de salvar vidas, construímos com pacientes e seus familiares um laço forte de amizade. Até hoje, recebemos ligações de pessoas que nos agradecem pelo empenho nosso durante o tratamento”, afirmou.

A assistente social fazia a mediação entre os pacientes e as famílias. “Como os familiares não podiam visitar seus parentes, fazíamos diariamente por telefone a atualização dos seus quadros clínicos. Para nós, foi uma satisfação”, ponderou. 

Estiveram à disposição para atendimento no Hospital da Mulher enquanto unidade específica para Covid-19, 203 profissionais da área da saúde. Dentre eles, médicos de especialidades como clínico geral, intensivistas, infectologistas, radiologistas, além de equipe multidisciplinar formada por enfermeiros, nutricionistas, psicólogos e fisioterapeutas, além de técnicos de enfermagem.

FONTE – AGÊNCIA SÃO LUÍS