Lockdown reduziu procura por hospitais e velocidade de contágio na ilha de São Luís

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Lockdown reduziu procura por hospitais e velocidade de contágio na ilha de São Luís

Os efeitos do lockdown na Ilha de São Luís podem ser vistos tanto na redução na procura de leitos quanto na diminuição da taxa de contágio do coronavírus. O bloqueio das atividades durou 13 dias.

“Quando a gente toma uma medida como o lockdown, que diminui a circulação de pessoas, e, portanto, a circulação da doença, era esperado que tivesse diminuição dos casos. Isso já era uma tendência, e o lockdown acelerou essa tendência”, afirmou o secretário de Estado da Saúde, Carlos Lula, em entrevista à TV Mirante nesta quarta-feira (27).

A taxa de contágio – que está ligada à velocidade com que a doença se espalha –, caiu na região. “Ela saiu de mais de dois, que chegamos a ter em meados de abril, e hoje é de menos de um em São Luís”, disse.

“Esse fator tem que ser mantido em menos de um para termos condição de, paulatinamente, voltar à normalidade”, acrescentou.

Outro fator gerado pelo lockdown foi a menor procura por leitos, e, por consequência, a redução do número de casos, ressaltou Carlos Lula.

Capital maranhense durante lockdown
O alívio na procura por leitos em São Luís, entretanto, não reduz a preocupação com a oferta de leitos, uma vez que a rede estadual da capital está atendendo pacientes de outras cidades.

“Apesar de a gente ter leitos clínicos à disposição em número considerável na capital, temos uma preocupação muito grande com leitos de UTI porque a gente passou a ter muitas pessoas do interior vindo para cá”, disse o secretário.

“Apenas na terça-feira (26), foram 40 pessoas do interior que vieram transferidas para unidades do estado na capital”, acrescentou.

A rede estadual do Maranhão passou de 232 para 1.519 leitos exclusivos para coronavírus desde março.

Mesmo assim, como disse o secretário, a taxa de ocupação de UTI em São Luís e Imperatriz, acima dos 90%, ainda é preocupante. Nas demais regiões, a média é de 75% de ocupação.

FONTE – MA.GOV.BR