O programa ‘Café com Notícias’, exibido nesta segunda-feira (29), na TV Assembleia, destaca entrevista com a juíza Elaine Carvalho, titular da 1ª Vara de Codó. Na conversa com a jornalista Elda Borges, a magistrada tratou, entre outros temas, sobre os primeiros Casamentos Comunitários voltados a indígenas e a adeptos de religião de matriz africana e fez um balanço da ação realizada pelo Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA).
“É um balanço muito positivo, porque as inscrições são preenchidas rapidamente. Quem tem interesse, tem que correr para fazer a inscrição, e as pessoas têm interesse em participar. A isenção das taxas facilita bastante para quem não pode pagar”, observou a juíza sobre o programa, realizado desde o ano de 1998, por meio da Corregedoria de Justiça.
Elaine Carvalho enfatizou a ação que será realizada em uma aldeia, resultado de demanda da própria comunidade. “Realizaremos o primeiro casamento comunitário da população indígena. Vai ser em Montes Altos, na Aldeia São José, na sexta-feira (2 de junho), com mais de 40 casais e com toda a ornamentação e cultura indígena”, detalhou ela, informando que a ação contemplará o povo Krikati.
A magistrada também tratou sobre o primeiro casamento comunitário voltado a praticantes de religião de matriz africana, o primeiro do Maranhão e, segundo levantamento, do país. As inscrições foram iniciadas nesta segunda-feira (29) e prosseguem até o dia 9 de junho.
“A receptividade das lideranças foi excelente”, afirmou a juíza, detalhando que a celebração será no Palácio de Iansã, terreiro fundado pelo Mestre Bita do Barão, em Codó, com participação de cerca de 100 casais, no dia 20 de julho.
Emocionante
A juíza Elaine Carvalho abordou, ainda, a experiência de realizar o primeiro casamento voltado ao segmento de LGBTQIA+ no Maranhão. “Foram 32 inscrições em todo o estado, e 28 se casaram presencialmente e quatro, de forma virtual. Foi um casamento muito emocionante”, relatou.
De acordo com ela, o sucesso da ação se deve ao fato de que muitos casais que convivem em união estável aproveitam para formalizar a união conjugal no civil.
FONTE: ALEMA