Especialista em saneamento rural Carlos Renato Marmo, analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), falou sobre o assunto
O programa ‘Café com Notícias’ desta segunda-feira (23), na TV Assembleia, abordou os impactos da falta de saneamento básico em comunidades rurais e isoladas, como o problema afeta a saúde dos moradores e o que está sendo feito para mudar essa realidade. O assunto foi tratado pelo especialista em saneamento rural Carlos Renato Marmo, analista da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).
Carlos Marmo explicou um pouco do sobre o trabalho desenvolvido pela Embrapa. “No ano 2000, desenvolvemos algumas tecnologias de saneamento básico rural para tratamento de esgoto e de água. E a proposta da Embrapa é que as tecnologias que nós desenvolvemos sejam trazidas à sociedade com benefício à saúde, ao meio ambiente, à agricultura. A proposta desse trabalho de tecnologia de saneamento básico Rural é capacitar, divulgar e difundir para agentes públicos, para agentes privados e do terceiro setor que atuam com políticas públicas de saneamento Rural”, observou.
Segundo Carlos Marmo, essas tecnologias estão sendo trazidas para o estado por meio da Embrapa Instrumentação, em parceria com a Embrapa Cocais, com financiamento da Vale, para fazer a transferência de tecnologias sociais para a região de São Luís e para alguns municípios do interior. Essa transferência será feita através da capacitação de agentes públicos das prefeituras, do governo do Estado e de ONGs.
Unidades piloto
O analista explicou, ainda, que foram montadas unidades piloto dessa tecnologia como forma de ajudar esses agentes a entender melhor o seu funcionamento e aos que possam vir a se interessar em conhecer melhor e incorporá-la a projetos futuros. Dentre as tecnologias desenvolvidas pela Embrapa, serão aplicadas no estado a fossa séptica biodigestora e o clorador Embrapa. Essas tecnologias já são utilizadas para tratar o esgoto do vaso sanitário em residências rurais.
“O clorador Embrapa é um dispositivo para que o produtor rural consiga aplicar cloro entre o poço da residência e a caixa d’água. Porque se os poços estão contaminados com esgoto ou com matéria orgânica enfim e a o morador ingere essa água sem o tratamento isso traz uma série de doenças. Então, essa tecnologia da fossa séptica biodigestor, tem por finalidade ser um dispositivo fácil de você aplicar cloro e desinfetar água que é consumida na casa e trazer essa melhoria da qualidade da água ingerida”, explicou Carlos Marmo.
O especialista ressaltou que essas são tecnologias eficientes, simples e de fácil manutenção e acesso. O objetivo é que qualquer pessoa consiga montar e as prefeituras ou entidades que tratam da questão, possam implementar.
FONTE: ALEMA